A indústria da construção civil completou, em março, um ano sem
registrar crescimento, informou hoje (24) a Confederação Nacional da
Indústria (CNI). No mês passado, informou a confederação, o nível de
atividade do setor caiu pelo quinto mês consecutivo, com o indicador
alcançando 48,9 pontos, influenciado pelas pequenas e médias empresas.
Os dados fazem parte da Sondagem Indústria da Construção. Os indicadores
da CNI variam de 0 a 100 e valores abaixo de 50 indicam queda da
atividade ou atividade abaixo da usual.
A sondagem destaca que o
desaquecimento da indústria da construção fica claro no indicador de
atividade em relação ao usual, que em março foi o menor da série e
atingiu 45,2 pontos, abaixo dos 50 pontos. Já o indicador que mede a
capacidade de operação das empresas do setor ficou estável em 70%, mesmo
nível de março do ano passado. Mas a CNI constatou que o número de
empregados vem mostrando redução desde novembro de 2012. No mês passado,
o indicador atingiu 48 pontos ante aos 51,7 registrados em março de
2012.
A margem de lucro – nesse caso, o levantamento é trimestral
– foi considerada insatisfatória, com 44,7 pontos ante os 47 pontos do
primeiro trimestre de 2012. O preço das matérias-primas, cujo indicador
também é feito a cada três meses, assinalou 62,7 pontos ante aos 60,2
pontos do intervalo de outubro e dezembro de 2012.
Segundo a
sondagem, a elevada carga tributária é um dos principais problemas, e
foi apontada por 50,8% dos empresários, além da falta de trabalhador
qualificado, assinalada por 42,5%, e do alto custo da mão de obra, com
34,5%. Por outro lado, existe otimismo no setor, embora os indicadores
sejam inferiores aos de abril do ano passado. Neste mês, informou a CNI,
o indicador das perspectivas para nível de atividade registrou 58,7
pontos, ante 60,3 pontos em abril de 2012. Em relação a novos
empreendimentos e serviços, o indicador ficou em 59,2 pontos, menos do
que os 60,5 pontos de abril do ano passado.
A Sondagem Indústria
da Construção foi feita entre os dias 1º e 11 de abril com 424 empresas
de todo o país, das quais 136 são de pequeno porte, 195 médias e 93 de
grande porte.
Da Redação, original Revista Exame.
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