Imóveis no Rio valem quase três vezes mais que a inflação.
Rio
- Quem quiser comprar ou alugar um imóvel no Rio deve preparar o
bolso. O preço do metro quadrado no estado fechou 2013 com alta de
15,2%, ou seja, quase o tripolo da inflação, estimada em 5,76%. Bairros
das zonas Oeste e Norte tiveram alta de dois dígitos, de 19% a quase
60%, respectivamente, enquanto alguns da Zona Sul registraram queda.
O destaque ficou com Santíssimo, em Campo Grande, cuja variação foi de
59,6%, com o preço do metro quadrado alcançando R$ 3,295 mil. Na
sequência, o de Água Santa, na Zona Norte, aumentou 53,1%, cotado a R$
3,905 mil, seguido do valor de Pilares, com variação de 41,8%, a R$
4,552 mil; e retornando à Zona Oeste, com Santa Cruz em 41,7%, cujo
preço bateu R$ 3,019 mil.
Na Zona Sul, o destaque positivo ficou com Cosme Velho, que teve
variação de 27%, sendo o preço do metro quadrado cotado a R$10,435 mil.
Ainda em alta, o Arpoador cresceu 19,5%, sendo R$ 14,417 mil. Na
contramão, com queda de 2,6%, vem a Lagoa, que fechou 2013 com metro
quadrado cotado a R$ 12,219 mil, seguido do Leblon, com baixa de 2,1%,
ficando em R$12,898 mil. O levantamento é da Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas (Fipe).
Diretor de vendas da Apsa Administradora de Condomínios e Imobiliária,
Rogério Quintanilha ressalta que a mobilidade urbana é responsável pela
variação de 251% no acumulado dos últimos 36 meses. Como exemplo, ele
cita o Grajaú, bairro da Zona Norte, que teve alta de 20,1% no último
ano, com o metro quadrado cotado a R$ 5,8 mil.
Na região da Tijuca, segundo Quintanilha, a inauguração do metrô na Rua
Uruguai, prevista para março, fez os bairros valorizarem bastante. Ele
citou o Andaraí, que subiu 18,6%, com preço em R$ 5,5 mil. “A Tijuca
valorizou menos, apenas 17,2%, mas o valor dos imóveis ainda é
superior, chegando a R$ 7 mil”, disse, em comparação as áreas próximas.
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Foto: Arte: O Dia
O diretor reforça que por conta da urbanização, o bem tende a valorizar
de forma rápida, ação que favorece a compra para investimento. “Um
conjugado (sala e quarto) na Tijuca aumentou 20,7%, por exemplo. No
bairro, o aluguel custa, em média, R$ 1,8 mil”, destacou. Já no Centro,
o aluguel subiu 7,5%. “Quando há projetos de infraestrutura e
urbanização, o segmento da construção se antecipa e lança
empreendimentos como condomínios de casas e apartamentos. A iniciativa
ajuda a valorizar ainda mais a região”, disse Quintanilha.
Apartamento é oferecido por R$ 66 milhões
Que o Rio de Janeiro continua lindo, como imortalizou Gilberto Gil,
ninguém duvida, mas alguns preços praticados na cidade chamam a atenção
do mundo. Um apartamento na Vieira Souto, em Ipanema, por exemplo, é
vendido pela bagatela de 20 milhões de euros, ou R$66 milhões, segundo a
colunista Lu Lacerda, do portal iG. O anúncio foi veiculado em um site
do exterior.
Ela ressalta que se os ganhadores da Mega-Sena da Virada quisessem
adquirir o imóvel, não conseguiriam. Levando em conta o rateio, eles
precisariam de mais R$10 milhões para efetuar a compra. Dos 24 imóveis
brasileiros à venda no site, o apartamento da Vieira Souto é o mais
caro, e tem 560 metros quadrados, quatro quartos, quatro vagas de
garagem e vista panorâmica para a praia.
Segundo o Sindicato da Habitação do Rio, o preço pedido está
supervalorizado. Isto porque o metro quadrado para imóveis de alto
padrão ma região é de R$ 32.895. Ou seja, este teria que custar R$
18,421 milhões.
No país
O preço médio do metro quadrado no país, segundo o índice Fipe
divulgado ontem, alcançou alta de 13,7% em 2013. O indicador acompanha a
variação dos imóveis anunciados para venda em 16 grandes cidades
brasileiras.
Acima da inflação
A alta ficou oito pontos percentuais acima da inflação medida pelo
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 5,76% no
período.
Menor aumento
O menor aumento foi registrado em Brasília, onde o preço anunciado
subiu 4,2% no ano. Todas as outras cidades tiveram alta acima da
inflação, com taxas variando entre 9,5%, em São Bernardo do Campo, e
37,3%, em Curitiba.
Em São Paulo
Na cidade de São Paulo foi verificado um aumento de preços de 13,9% no ano, alta inferior à registrada em 2012 (+15,8%).
Igual a 2012
No Rio de Janeiro, a alta de 15,2% em 2013 foi praticamente igual à registrada em 2012, quando os preços subiram 15%.
Composto
Em 2013, o índice composto da Fipe registrou alta de 12,7%, ante elevação de 13,7% em 2012, de acordo com a fundação.
Fonte: O Dia Online - 07/01/2014
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